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Estão a aumentar os casos de tensão e conflito nos serviços de Finanças

financasNuma das situações mais recentes, uma confusão num serviço de Finanças do Porto motivou inclusivamente a chamada do corpo de intervenção da PSP.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos afirma que está a aumentar a conflitualidade nos serviços de Finanças e apresentou o relato de um conjunto de incidentes entre contribuintes e funcionários.

Na segunda-feira, a polícia foi chamada às instalações das Finanças no Porto porque havia uma ameaça de invasão. Os desacatos entre uma senhora e um outro contribuinte acabaram por arrastar "um grupo de cerca de 30 pessoas" e apenas terminaram quando "o chefe do serviço resgatou o homem para dentro da casa-de-banho" das instalações, conta à Renascença o sindicalista Paulo Ralha.

A polícia foi chamada, mas os três agentes que ali chegaram foram insuficientes, obrigando a PSP a enviar "o corpo de intervenção para o local".

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos diz que há registo de incidentes em Gondomar, Palmela, Albufeira, Viseu, Coimbra, Aveiro, Sintra, Santarém e Bragança, entre outras localidades.

Paulo Ralha explica que o problema não está, desta vez, na falta de recursos humanos, mas no sistema informático, que não consegue responder ao aumento das solicitações.

A "falta de investimento" nos recursos humanos e materiais dos serviços públicos é um dos assuntos que o sindicato quer levar ao encontro que vai pedir à nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. O pedido de audiência segue na próxima semana.

Segundo o sindicalista, comparando o número actual de funcionários com as necessidades que já existiam em 2009, "são precisos mais três mil trabalhadores nos serviços das Finanças". Paulo Ralha lamenta ainda que tenham de ser os trabalhadores a dar a cara e a responder aos contribuintes.

Nos últimos meses, os serviços das Finanças entupiram várias vezes, não só por causa da entrega e confirmação de dados do IRS, como também devido ao pagamento do "selo do carro" (Imposto Único de Circulação). A situação não melhorou e no início desta semana as Finanças deviam ter começado a emitir as declarações de carência económica aos inquilinos, mas o sistema informático não estava a permitir essa operação. A Renascença constatou essas dificuldades em várias repartições de Lisboa.

in RRenascença | 18-07-2013

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