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Gráficas facturam... com a nova lei da facturação

dividasSe para uns alguns a factura é um incómodo, para as gráficas que as produzem as novas exigências do Governo não podiam ter vindo em melhor altura.

Desde Janeiro que a factura se tornou obrigatória a cada acto de venda ou prestação de serviço, numa medida que pode estar a gerar incómodo a muitos comerciantes, e outros trabalhadores liberais, mas que está a ajudar muitas gráficas de Norte a Sul do país.

As encomendas são muitas e vêm principalmente dos pequenos comerciantes que ainda podem passar factura à mão.

Na Graça, em Lisboa, a Grafixida não tem tido mãos a medir. Noite e dia a máquina de impressão de facturas não tem descanso, conta Catarina Ribeiro.

“Temos notado, porque até tivemos de reestruturar o horário de trabalho por causa da nova lei de facturação, tivemos que fazer horários para podermos cumprir com os prazos porque temos recebido muitos orçamentos com pedidos de facturas”, descreve.

Catarina Ribeiro constata que “antigamente ninguém tinha facturas, e agora, devido à nova lei, aumentou imenso”. Quem pedia em média menos de uma dúzia de livros, este ano pede várias dúzias.

Em Évora, Jorge Frango, da tipografia Geraldo, também viu o volume de trabalho aumentar, passa os dias a agrupar molhos de 50 facturas para fazer os livros e deixa uma confissão: “Para ser sincero, é o que nos tem estado a safar, entre aspas, falando bem e depressa. Não há dinheiro, as pessoas não consomem, o dinheiro não roda e isto de alguma maneira nos tem feito trabalhar um bocadinho melhor e felizmente não temos parado”, admite.

Mais a Norte, em Leiria-Fátima a Palma Gráfica tem recebido mais encomendas que vêm principalmente de pequenos comerciantes ou trabalhadores liberais.

De regresso à área da Grande Lisboa, em Sintra, a Abrunheira Gráfica tem uma experiencia diferente. Sente que houve gente à espera para ver no que ia dar a exigência da factura a cada venda.

Se para uns alguns a factura é um incómodo, para as gráficas que as produzem esta nova exigência do Governo não podia ter vindo em melhor altura.

in RRenascença | 18-01-2013 | Liliana Monteiro

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