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Portugal aperta ainda mais a lei do tabaco até ao final do ano

lei do tabacoRegras aprovadas ontem no Parlamento Europeu só serão transpostas mais tarde. Portugal vai restringir primeiro fumo em espaços públicos.

Portugal vai restringir o fumo em espaços públicos antes de avançar com a adopção das novas regras europeias sobre mensagens de alerta de saúde pública ou controlo de substâncias no tabaco, que ontem tiveram luz verde no Parlamento Europeu e agora terão de ser aprovadas no Conselho Europeu.

Fonte oficial do Ministério da Saúde disse ao i que a transição da futura da legislação, processo para o qual os estados-membros terão 18 meses, e a revisão da lei de 2007, que o governo já tinha anunciado, são processos autónomos.

Para já, e até ao final do ano, deverá avançar legislação nacional no sentido de restringir o fumo em locais públicos, como restaurantes e bares, até aqui com a possibilidade de terem zonas para fumadores desde que equipadas com aparelhos extractores de fumo. O secretário de Estado Fernando Leal da Costa avançou nos últimos meses algumas das intenções do governo nesta revisão: o objectivo é que a proibição total de fumo em espaços públicos seja gradual, estando previsto um período moratório para que os empresários possam compensar o investimento feito em 2007. A lei nacional deverá seguir os quadros mais restritivos a nível europeu, que só admitem o fumo em instituições psiquiátricas ou ambiente prisional. Por outro lado, prevê-se que esta iniciativa seja acompanhada da comparticipação de medicamentos que ajudem na cessação tabágica. Ideias como a defendida por Paulo Macedo em 2012, numa ida ao parlamento, de que seria proibido fumar em viaturas com crianças a bordo, terão sido postas de parte. Outra proposta avançada foi a redução da oferta de tabaco em máquinas de venda automática.

Segundo confirmou o i, o diploma do governo já foi concluído e será agora enviado aos ministérios, para ser apreciado em Conselho de Ministros até ao fim do ano.

Ontem o Parlamento Europeu aprovou um pacote de medidas mais amplo no sentido de dissuadir o consumo de tabaco, que está a ser criticado por ter ficado aquém da proposta inicial da Comissão Europeia, que considerou o passo "positivo". Carl Schlyter, do grupo parlamentar Verdes, falou de um dia "vergonhoso para o Parlamento Europeu, porque a maioria de centro-direita fez o que a indústria tabaqueira pedia e votou regras mais brandas". A proposta de directiva ontem aprovada com emendas dos deputados mantém a possibilidade de venda dos cigarros slim e não segue com a ideia de equiparar os cigarros electrónicos a medicamentos, o que tornaria a sua venda mais controlada. Por outro lado, o espaço que a comissão entendia que deveria ser dado aos alertas de saúde nos maços aumenta de uma área de 40% para 65%, mas a meta eram 75%. Os deputados aprovaram a proibição de cigarros com sabor a mentol ou outros como canela, considerados mais atractivos para os jovens, mas não será imediata. Foi estabelecido um prazo de oito anos para saírem do mercado.

A expectativa é que esta nova directiva entre em vigor em 2014.

in ionline | 09-10-2013 | Marta F. Reis

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